O primeiro contato é normalmente bem superficial ... despretensioso até mesmo. Às vezes, baseando-se apenas nas aparências, a atração começa pelas capas. Coloridas, ousadas e criativas como os anos loucos dos gênios ou monocromáticas e minimalistas como o Álbum Branco, compensando a ausência de pigmentos pela profundidade de seu conteúdo.
Mas quem vê capa não vê coração. Corações de tantos personagens inseridos em obras nas mais variadas proporções. Desde as pequenas com grandes histórias que cabem no bolso até as maiores que insistentemente não se encaixam nas prateleiras, sempre à procura de novas companhias. Ora magérrimos e elegantes, bulimicamente despejando palavras em nossas mentes, ora grossos e densos encantando gerações com o peso de épicos apaixonantes ou romances apaixonados.
De repente, a era moderna os coloca em xeque, sugerindo seu fim. De um lado, o prazer sensitivo de descobrir seus segredos no dobrar das orelhas, no sustentar do peso das páginas ou cheirando a fragrância de cada palavra grafada no branco fosco das folhas. De outro, o dilema de suas versões digitais: Destruir ou coexistir com seus antecessores? Procurando cumprir a promessa de democratizar o acesso ao conhecimento, podem revolucionar a forma de pensar das novas gerações, mas a ciência ainda busca seu formato ideal. Versáteis como o escrete de Rinus Michels, portáteis, mágicos e sedutores mas ainda incompatíveis com o saldo de tantas contas bancárias e cruéis inimigos de nossas retinas.
Será mesmo o destino? Depois dos escritos nas pedras, das tábuas de argila, do papiro e da revolução de Gutemberg, serão eles convertidos para 0s e 1s na Grande Rede? Bibliotecas mudarão para as nuvens? Estantes se tornarão diretórios? Números e estatísticas apontam que sim, testemunhos de peso apostam que não. No mês do Dia nacional do livro, deixamos a dúvida mas prestamos nossa homenagem à sua missão, ainda mais grandiosa que sua forma: engrandecer nossas mentes, encantar nossas vidas.
Nota: Aproveitemos o ensejo da data comemorativa e vamos para festa de aniversário. :)
Mas quem vê capa não vê coração. Corações de tantos personagens inseridos em obras nas mais variadas proporções. Desde as pequenas com grandes histórias que cabem no bolso até as maiores que insistentemente não se encaixam nas prateleiras, sempre à procura de novas companhias. Ora magérrimos e elegantes, bulimicamente despejando palavras em nossas mentes, ora grossos e densos encantando gerações com o peso de épicos apaixonantes ou romances apaixonados.
De repente, a era moderna os coloca em xeque, sugerindo seu fim. De um lado, o prazer sensitivo de descobrir seus segredos no dobrar das orelhas, no sustentar do peso das páginas ou cheirando a fragrância de cada palavra grafada no branco fosco das folhas. De outro, o dilema de suas versões digitais: Destruir ou coexistir com seus antecessores? Procurando cumprir a promessa de democratizar o acesso ao conhecimento, podem revolucionar a forma de pensar das novas gerações, mas a ciência ainda busca seu formato ideal. Versáteis como o escrete de Rinus Michels, portáteis, mágicos e sedutores mas ainda incompatíveis com o saldo de tantas contas bancárias e cruéis inimigos de nossas retinas.
Será mesmo o destino? Depois dos escritos nas pedras, das tábuas de argila, do papiro e da revolução de Gutemberg, serão eles convertidos para 0s e 1s na Grande Rede? Bibliotecas mudarão para as nuvens? Estantes se tornarão diretórios? Números e estatísticas apontam que sim, testemunhos de peso apostam que não. No mês do Dia nacional do livro, deixamos a dúvida mas prestamos nossa homenagem à sua missão, ainda mais grandiosa que sua forma: engrandecer nossas mentes, encantar nossas vidas.
Nota: Aproveitemos o ensejo da data comemorativa e vamos para festa de aniversário. :)