domingo, 24 de abril de 2011

Isobel & Mark

Faz tempo que sou muito fã do trabalho dos britânicos do Belle and Sebastian. Na verdade eles mereciam um post antes mesmo desse mas o fato (coincidência ou não) é que a fase dessa banda que mais adorava era justamente o período (1996-2002) que a escocesa Isobel Campbell contribuiu (os álbuns TigerMilk e When you´re feeling sinister são os meus favoritos) com seu violoncelo e maravilhoso timbre de voz. Depois de deixar o B&S, ela partiu para alguns trabalhos solo (que ainda vou falar por aqui) mas o que mais me enlouqueceu foi o resultado de uma parceria inusitada.

Isobel uniu suas delicadas cordas vocais com o vocal soturno (graças à genética e provavelmente muitas tragadas de cigarro. Taí uma boa utilidade para o tabaco :) ) de Mark Lanegan, ex vocalista da não tão conhecida banda grunge Screaming Trees. O resultado deu tão certo que eles já tem três trabalhos juntos (Ballad of the Broken Seas, Sunday at Devil Dirt e mais recentemente o álbum Hawk em 2010). A sonoridade dos álbuns da dupla é bem variada, passando pelos raízes norte-americanas do country, folk, blues e jazz (por conta de Lanegan) com um violão grave, pesado e agradabilíssimo aos ouvidos se fundindo à formação clássica de Isobel com suas composições e melodias maravilhosas com piano, violino, violoncelo, flauta e tantos outros instrumentos que fazem parte de sua cultura musical.

A fórmula "Bela e a Fera" não é nova. Lembro como eu adorava "Candy" com Iggy Pop e Katie Person do B-52s e como amava ainda mais (ainda amo mas fazia tempo que não ouvia) a música Where the Wild Roses Grow com Nick Cave e Kylie Minogue num outro dueto maravilhoso para o brilhante trabalho: Murder Ballads. Só que esse "casamento" de Isobel e Lanegan é que mais me preenche a alma no momento. Sabe uma coisa que te faz bem em ouvir? Que te dá paz? E outra ... o álbum combina muito com uma trilha para pegar a estrada. Como estamos planejando fazer isso em breve, já dá pra irmos ensaiando o clima ao som da dupla.

Para aqueles que se interessaram, recomendo que comecem ouvindo esse som por: Who Built the Road do segundo álbum da dupla: Sunday at Devil Dirt e depois sigam ouvindo todo o resto com calma, digerindo sem pressa. É um som arrebatador.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Livro do mês: Abril

É estranha a sensação de terminar um livro. Principalmente quando gostamos muito da obra.  É como se estivéssemos deixando um amigo para trás, um pedaço de nossa vida que não pode mais voltar.
A sensação de chegar do trabalho e ter sempre a certeza que poderia ir de novo para aquele lugar proporcionado pelo autor e saber que ia continuar me sentindo tão íntimo das personagens .
Essa tristeza foi um pouco agravada  se quem me está fazendo companhia são os Beatles, mais especificamente Paul Mccartney. Sim, eu sei. Foi o livro do mês passado. Só que acho que mencionei no post do livro de março que eram quase 800 páginas e por isso me dêem um desconto. Não dava pra terminar antes disso :)
Enfim, fico triste pelo fim do livro, que me fez companhia por dois meses. Nesse período viajei por lugares como Liverpool, Hamburgo, Londres, Nova York, Escócia, Índia e ainda enxerguei inúmeros fatos sobre a vida dos Fab Four pela ótica do meu Beatle favorito, que ficou ainda mais favorito depois desse livro.

Além das viagens por essas cidades, viajei álbum por álbum, música por música e vivi o surgimento, auge e declínio do conjunto. Acho que o agravamento da tristeza em terminar a leitura foi pelo fato do final não ser feliz. Ver página a página a banda acabando, a desintegração da harmonia que eles tinham, a intromissão da Madame Dragão e dos malucos de plantão, a morte de John e principalmente a destruição que as drogas, a inveja e a cobiça podem causar nas pessoas.
Enfim, já tinha mencionado no último post sobre o livro e não vou me repetir. Apenas me repito para dizer: Leiam! É demais! Só penso que preciso ler a história por outras óticas. Pelo menos as de John, George (Martin) e George Harisson. Sorry Ringo! :)


"Sinto como se os anos 60  ainda estivessem para acontecer. Eles me parecem um período mais no futuro do que no passado"
Paul Mccartney 1994

sábado, 16 de abril de 2011

Julieta !!!!

Estou adorando estudar español! além do idioma em si e do meu interesse em conhecer novos países e suas culturas, fui apresentado a uma artista única: Julieta Venegas!!! Multi-instrumentista, cantora e compositora, à vontade no piano e no acordeom, a mexicana (ela nasceu na Califórnia mas foi bem pequena morar em Tijuana e construiu toda sua base musical no México) Julieta Venegas já desenvolveu parcerias com Marisa Monte, Lenine e muitos outros. 
As letras das músicas são maravilhosas, as melodias chamam a atenção pela inusitada mistura de violino, violoncelo, tuba e uquelele, a guitarra havaiana e muitos outros.  Algumas canções me lembram muito a trilha sonora de um filme que me marcou muito: O Fabuloso destino de Amélie Poulin (queria muito dar esse nome para minha filha mas sempre iriam pronunciar errado na hora da chamada e no resultado do vestibular :) )
Para minha felicidade, Julieta já tem cinco álbuns lançados e mais um acústico MTV que acabei de adquirir :) . Assim, ficam muitas músicas para curtir e ao mesmo tempo estudar o idioma. Tenho um defeito de ser muito intenso em relação ao que gosto mas o fato é que ultimamente não consigo ouvir outra coisa. Já perturbei até a professora do CCLA para que a próxima cancione do curso seja dela (qualquer uma eu disse, desde que fosse de Julieta :) ) O mais legal para fechar o post é que Julieta vem tocar no Brasil agora em Maio para promover seu último trabalho ( o álbum Otra cosa). Entretanto, por algum motivo (acredito que seja pelo fato do som ser alternativo de mais) ela só vai tocar em Porto Alegre. Estaremos lá. :)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Livro do mês: Março

O atraso desse post já começa pelo título, uma vez que o mês de março já acabou e ainda nem terminei o livro. No entanto, existe uma explicação para isso: Apostei em um tijolo de quase 800 páginas para me entreter nas próximas semanas. E a aposta não poderia ser ruim: A biografia autorizada de um dos mais criativos artistas que já surgiram nesse planeta: Sir Paul McCartney.
O livro é fantástico (ainda nem terminei, chegando na metade somente agora). Além de retratar com maestria a infância  e adolescência de Paul em Liverpool, o que estou achando de mais legal é que existem vários trechos onde o próprio artista descreve como foi o processo de composição das principais músicas junto com seu parceiro de criação John Lennon. Para quem sabe tocar algum instrumento musical (o que não é o meu caso :( ) é ainda mais fascinante pois além de mencionar as histórias que deram o insight para as letras, Paul conta sobre suas técnicas de composição (e algumas de John também)
Além disso, o livro retrata indiretamente uma parte do cenário artístico dos brilhantes anos 60 na Grã-bretanha (e um pouco nos EUA) falando de moda, artes plásticas, literatura, fotografia, rádio, poesia, cinema. Muitos dos capítulos do livro são dedicados aos álbuns dos Beatles. Principalmente aos mais marcantes, como o Sgt Peppers e o álbum branco. O autor, Barry Miles, é amigo de longa data de McCartney e tem em seu portfólio outras obras muito interssantes e de gênero similar como a história do Pink Floyd,  de Bob Dylan, da invasão cultural dos britânicos na década de 60 e outros títulos (Não estou fazendo propaganda dessa livraria. Foi apenas o lugar que achei mais rápido essas obras :) ). Como, infelizmente não tenho tempo para ler o tanto que gostaria todos os dias, passei do mês de março e ainda estou com ele. O livro é tão especial que devo dedicar outro post ao mesmo depois que términá-lo. Recomendadíssimo aos amigos e a todos que curtem o tema!!!

Postado ao som de: Beatles ... claro :)
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